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Estudantes desenvolvem copo que muda de cor ao entrar em contato com droga

Publicado: Quinta, 20 de Outubro de 2022, 08h48 | Última atualização em Quinta, 20 de Outubro de 2022, 08h48

Quatro alunas do colégio SESI Gravataí, no Rio Grande do Sul, começaram a desenvolver, há um ano, um copo com reagente químico capaz de identificar a presença da droga GHB (Ácido Gama Hidroxibutírico), conhecido popularmente como ‘Boa Noite Cinderela’. Ele tem ação anestésica e sedativa, pode ser encontrado sob forma de líquido, é incolor e não tem cheiro.

No mundo, a substância é classificada como “droga do estupro”, por ser misturada na bebida de pessoas com o intuito de dopá-las.

“Durante as nossas pesquisas, a gente percebeu que tinha um grande uso de entorpecentes utilizados em festas para deixar as pessoas dopadas e serem vulneráveis a sequestros, roubos, assaltos e abusos sexuais”, contam as alunas, acrescentando que o caso da Mariana Ferrer, que foi dopada e abusada dentro de uma balada em Florianópolis em 2018, foi uma inspiração para o desenvolvimento do projeto.
Preocupadas com a segurança de mulheres e inspiradas a solucionar um problema da sociedade em um programa escolar, as estudantes do 2° ano do Ensino Médio, Giovanna Freitas, Giovanna Moraes, Nicolli Marques e Natally Souza, pensaram em desenvolver um projeto em que fosse possível que a droga fosse identificada pela vítima.

Por meio de pesquisas, elas utilizaram o reagente colorimétrico dragerndorff, que ao entrar em contato com o GDH, faz com ele mude para uma cor avermelhada.

O projeto é inédito no Brasil, mas há também outras propostas de identificação da droga em bebidas. Feito de propileno, a base sólida do copo comportaria o reagente químico e poderia ser usado diversas vezes.

“Nossa maior dificuldade no momento é produzir essa base sólida. Nós já temos o reagente que usaríamos, porém como todos os outros reagentes colorimétricos, ele também é tóxico e a gente tá trabalhando de uma maneira que isso não intoxique uma pessoa ao ser utilizada”, explicam.

Além da continuidade da pesquisa, que deve ser concluída até o ano que vem, quando as meninas devem ser formar do Colégio, elas também buscam um patrocinador que possa oferecer um laboratório onde os experimentos sejam possam ser aprofundados. No momento, elas fazem testes na escola, com a ajuda de professores, e recebem um auxílio financeiro de outro patrocinador.

No início do mês de outubro, as meninas apresentaram o projeto no Sesi com Ciência, um dos maiores eventos de educação do estado do Rio Grande do Sul.

 

Fonte e Texto: CNN Brasil

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